Quando o espirito começa a ter consciência de que é jovem, a
sombra que marca a tua presença na rua é limpida, escorre pela calçada. Porque
em tantas opções terás de escolher uma, nem que experimentes esse obliquo
trilho de escolher opção nenhuma, escolheste uma das opções.
Mas, mas às tantas divides as oportunidades que tens e ficas
com aquelas que mais te agradam, vives umas, sonhas com a vivência de outras e
gastas assim os teus dias debaixo do Sol de um final de tarde de Verão
demasiado quente. E relembras, relembras minuciosamente aquele olhar, aquele
olhar naquele rosto que costumavas amar, a ausência de emoção na tua direcção,
a observação pormenorizada de cada um dos teus gestos. Erraste a opção e
sentaste-te feliz a vive-la, mas estava errada, relembras aquele olhar naquele
rosto que amaste e que deixaste de amar, seca uma parte do teu coração,
encontraste o limite do proprio Amor.
Quando o espirito começa a ter consciência de que tem de ser
credivel para o ego poder existir na sua maxima plenitude, os teus pensamentos
prendem-se nos imensos predios que te rodeiam, guardam-te memórias. Pedras,
cimento, betão e, mesmo assim, velam por ti as memórias que te pertencem. E
repensas, repensas, quantas opções erradas fizeste, amplamente intencionais em
todo o teu ser, quiseste faze-las Foste esse ego, não ha nenhum erro, houve
consequências desagradaveis. É tudo. Tornam-se os prédios apenas prédios,
largaste as tuas memórias no vento para teres novos erros. Porque o espirito
teve a mais nitida consciência de si proprio de que era possivel.
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