Sunday, December 17, 2006

Dumb

I'm not like them
But I can pretend
The sun is gone
But I have a light
The day is done
But I´m having fun
I think I'm dumb
or maybe just happy
my heart is broke
But I have some glue
help me inhale
And mend it with you
We'll flow around
And hang out on clouds
Then we'll come down
And I have a hangover
Skin the sun
Fall asleep
Wish away
The soul is cheap
Lesson learned
Wish me luck
Soothe the burn
Wake me up
by Kurt Cobain (Nirvana)

Friday, December 15, 2006

A boa dureza da vida...

Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu
Quem não sentiu o frio da desgraça
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de Homem, não foi Homem
Passou pela vida, não viveu

Francisco Octaviano

Porque às vezes o mais díficil é o mais correcto; o mais exigente è a melhor opção; porque, de facto, nem tudo é o que parece, este poema não poderia ser mais real... e duramente belo.

Monday, December 04, 2006

Mudaste

Mudaste. Tanto. E a tua mudança desiludiu-me.
Que há de errado na mudança? Nada... E mudaste para pior? Que bom que seria se soubesse responder!
A única coisa que sei é que mudaste para longe de mim, para longe de ti. E por isso, desiludiste-me : continuo aqui, imutável, e tu és um camaleão e vagueias por um sítio pequeno que denominas, ingenuamente, Mundo.
As nossas vidas tomaram rumos diferentes, no mesmo tempo e no mesmo espaço, tu seguiste pelo caminho oposto. O ego que partilhávamos separou-se. Dantes, tu eras eu, agora procuro-te incansavelmente na minha essência , mas já não existes . Já partiste. Já mudaste. De mais.
Um só ser originou dois? Ou sempre existiram dois? Se soubesse a resposta...
Mudaste... Para sempre? Não, já não quero saber. Ou talvez queira. Mas que interessa agora? Perdi-me no tempo indefinidamente. Talvez também não seja imutável. Talvez também não me tenhas desiludido, talvez tenha sido um acto inconsciente de te desculpar. Mas, sobretudo, de me desculpar.
A dor, que nunca chegou a existir, acabou. Saíste à procura do selvagem, da novidade e não compreendeste que o que tinhas de procurar eras tu. Não sabes quem és, não sabes o que queres. Eu perdite dentro de mim e tu perdeste-te porque avaliaste mal a situação. A tua balança estava estragada.
Por agora, já é muito tarde para te alertar, para me alertar... E sou assim , Imutável e Mutável. Mas não voltes, não repitas o erro de Orfeu: já é muito tarde para olhares para trás.