Monday, January 31, 2011

A Crença II

Sempre o silêncio como sombra claustrofobica de palavras mortas que alcançaram o futuro. E a crença de que um amanha melhor chegará num destes dias. Mas o teu Mestre está morto.
Entregas-te a pequenos prazeres, a tua fé já foi esventrada. Trocaste a esperança por um ego de aço. Trocaram-te a fé pela procura da credibilidade do ideal que te move. Porque o teu mestre está morto.
O teu rosto guarda as cicatrizes de todas as vezes que venceste. Não estarias aqui se não tivesses, habilidosamente, sobrevivido. Tornaste-te melhor porque venceste o teu próprio medo. Mas o teu mestre morreu, o medo , mesmo na sua cristalina utilidade, não desgraça tanto como a dor.
E assassinaste Deus antes de Ele existir, toda a plenitude de existencia que tens , pertence-te. Mas o teu mestre morreu. Em ti. E, agora, todas as palavras estão mortas porque perdeste a crença.

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