A existência precede a essência. Talvez um dia me desculpes, há um negro denso trilho onde te perco conscientemente. E sou eu triste , sou eu triste mas essa melancolia me não define, é só um pensamento existencial. Não é uma banal tristeza, não é a tua tristeza, às tantas as palavras esgotam-se na minha garganta e é apenas isso .Há uma alegria colectiva que me entristece por isso me não pertence. Tenho apenas uma aparente tristeza, tu tens uma consentida melancolia existencial, meu amigo, e há um oblíquo caminho no qual te perco.
Porque canto a vida, meu amigo, canto a alegria de viver em cada melodia de cada esquina. Quero o dia cinzento para o sol se alongar mais intensamente no dia seguinte e me prencher Quero a oprtunidade em movimento, a dinâmica do ideal viva em cada pedaço de chão. Nada está cumprido até o ideal chegar e a minha morte é apenas uma certeza da persistência de minha essência. Não é uma existência mórbida ou dramática.
Mas tu, meu amigo, que existência é essa que te move numa ironia aguçada cheia de uma sensibilidade estrutural que não moldas ao teu ego? Findas num destes dias nessa brusca separação entre a agressividade que exprimes e a tristeza que julgas que escondes. Findas num desses dias cinzentos em que eu canto a melodia da adrenalina de viver. Há um oblíquo denso caminho no qual te perco. A existência precede a essência.
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