Saturday, October 24, 2009

Amor

Sim, claro, é amor porque sobrevive aos dias de sol e de chuva e os olhos têm a cor e a imensidão do mar. Retratam todos os dias de infancia passados na praia, o riso alto e o contentamento de quem não sabe que vai morrer. E que nada é.
Claro, é amor, se dançam alegremente no espirito a esperança , levemente filosofica, a exaltação da vida e o extase de existir. E os olhos têm a textura de amoras silvestres numa noite agradável de Verão; são o som da Orion e do vento fresco que fala de historias magnificas e desconhecidas.
É amor. Nem que seja um pouco se quando olhas nos olhos ves a alma e ela já viu e sentiu a desgraça, já conheceu a dor. É ríspida e dura apesar da leveza e da jovialidade. É amor se vês isso tudo e lamentas profundamente, se quase choras por solideraiedade aberta e franca.
Sim, claro, é amor. Nem que seja um pouco, nem que seja inconsciente. Se olhas e te identificas com a imensidao do ser que contemplas. Amor não deixa de ser isso, uma forma típica e emocionalmente forte de identificação.

1 comment:

Alice in Wonderland said...

"Amor não deixa de ser isso, uma forma típica e emocionalmente forte de identificação"

Amor é isso. O despertar da infância ingénua. E o amar da tua própria desgraça.

Amor é uma forma tipica e emocionalmente forte de identificação contigo própria, só que num corpo que não é o teu.

Muito bom =)