Sunday, May 15, 2011

Evolução

Caminhas só. Causaste a tua propria solidão quando decidiste que angulo teria o teu nascimento, escolheste, inocentemente, pertencer a esse lado da luz num tempo cheio de escuridão.
E , amanhã, lá vais tu cumprir o teu ritual de tortura. Agora, nos tempos modernos, eles tornaram-se piedosos e esquivam-se de coleccionar cabeças, não, tentam que a tua essência se dissipe e te mistures num cântico uníssono com eles. Mas o não farás, nunca. Aguardas sempre o dia do sacrificio, aguardas sempre a tua sentença enquanto orientas a tua vida segundo a tua ideia. Enquanto procuras que as tuas simples palavras tenham algum efeito nos inconscientes. Dás o teu melhor para ganhares segundo a tua crença no núcleo do sistema deles.
Caminhas só mas não estás só. Tens em ti a força dos teus Mestres. Tens em ti a força daquilo que crês ser melhor. Tens contigo aqueles que contigo concordam e , que na tua companhia, partilham a tua tortura. E, essa amizade que se instala ,é ornamentada com a mais leal das lealdades. Isso, nunca vao eles perceber e, só por isso, poderás perder a batalha e a tua vida de nada valer mas, eles, que são tantos ficaram reduzidos a menos que pó: porque caminhas só mas carregas em ti a inovaçao.

Friday, May 06, 2011

Prometeu

Um dia, o teu Mestre já aqui não estará para tentar salvar o teu ego. Porque o Inferno existe em ti e queima-te a originalidade de seres tu se não souberes coexistir com o que descobres no teu reflexo de vidro.
Mas, mas às vezes, não consegues não rejeitar o teu proprio Mestre. Para continuar dignamente vivo, tem uma crua irascíbilidade que se torna crua; não tem compaixão pela mentalidade que é claustrofobica e retrógada, nem quando é um humano choro tão compreensivel que se torna desculpavel. Porque o teu Mestre foi mestre da sua própria essência antes de te tornares seu aprendiz.
Um dia, o teu Mestre desiste de ti. Observa que te defendes e que resistes a grandes e visiveis questões, que és brilhante na crueldade que é facilmente audível. Mas abandonas-te nos pequenos pormenores persuasivos do quotidiano. E o maior perigo respira aí, nas pequenas nuances da rotina que se entranham na tua pele, que consomem a tua individualidade incoscientemente.
Um dia, estarás só numa pequena e quadrada comunidade a viver uma vida artificial, a respirar uma liberdade que não existe porque não há nenhuma marca de individualidade. Porque, o teu Mestre, é sabia e astutamente individual, é senhor de si proprio, é perspicaz e é agil. É conhecedor da essência humana, a dele e a dos outros. Observa as pequenas fraquezas e vence porque acertou nas pequenas fraquezas. Cede a grandes e visiveis questões, mas é ele que controla os pequenos pormenores persuasivos do quotidiano. E, se tu não resistes inconscientemente, das entranhas do teu ser, às pequenas pressões, às pequenas e não audiveis torturas do quotidiano, és apenas fraco e débil porque não tens em ti uma essência matricial que te faz discordar, inatamente, do que não concordas .És impotente na resistência à agressão silenciosa e dissimulada.