Tuesday, March 16, 2010

Azul Celeste

Vê se tens dó de ti já que me fazes ver-te. Já que me ofereces essa sensação de vómito ao menos faz algo de útil por ti. Olha-te ao espelho, traça com o teu dedo as curvas do nada que és. Ah, sim, és nada. E não digas que o tambem sou ou que o meu anonimato existencial não me permite poder para afirmar tal barbaridade.
Tu és tão nada quanto o céu é azul. Quanto o Sol é amarelo-alaranjado. A tua cor é o nada. Sorris-me tentando evidenciar uma malícia (mas não tens inteligencia suficiente para teres malícia). Dizes-me que o céu não e verdadeiramente azul, depende tudo da luz branca. Como um prisma triangular trespassado por um raio de Sol.
E é exactamente ai que afirmo. És nada. Quando ves o ceu azul claro vivo ele torna-se azul, é a forma como vais conhecer o mundo que ainda tens pela frente.Há uma doce simplicidade na forma como o céu vai ser sempre azul, apesar de o não ser. O que para ti é real é o que te torna diferente de todos os outros semelhantes.
A tua cor é nada. Tu és nada. Vejo-o tao claramente como vejo o imenso azul celeste.
Repara, ser nada, é uma hiperbole. A expressão é uma metáfora.
Mas tu desconheces o que é uma metáfora. Fiz só uma aproximação inocente. És tao pouco que se arredonda para nada sem grande prejuízo.

1 comment:

Ricardo said...

Absolutamente fantástico. E a forma como acaba é simplesmente genial. Vou começar a citar-te! :)