Está sentado. Só. Ela foi demasiado importante, demasiado tudo. Ele está sentado, mas já não a espera, já não existe o ela. Que era o tudo para ele. Para quê esperar? Mas continua sentado, talvez lhe doa o corpo, talvez lhe doa a alma. Pela vergonha ou pela decepção. Talvez pela perda, porque ela permaneceu lá, sentada ao lado dele, e já não está. Está só. Tristemente, sempre esteve, ela nunca lhe fez companhia.
Por isso é que não vale a pena esperar, ela não volta. E, no entanto, continua sentada, ao pé dele. No lugar solitário do canto da praia onde o mar é demasiado negro e fundo. Onde o mar é o espelho obscuro e sincero do coração dele. Porque sempre esteve só, ela aumentou a dolorosa sensação do quanto estava ele só.
Está sentado. O silencio das ondas, o silencio do canto da praia deserta que é só dele. Ele não a espera. Mas é difícil largar a recordação que só é metade verídica.
“Tão curto o amor tão longo o esquecimento”.
Inspirado em "Posso escrever os versos mais tristes esta noite" de Pablo Neruda.
Por isso é que não vale a pena esperar, ela não volta. E, no entanto, continua sentada, ao pé dele. No lugar solitário do canto da praia onde o mar é demasiado negro e fundo. Onde o mar é o espelho obscuro e sincero do coração dele. Porque sempre esteve só, ela aumentou a dolorosa sensação do quanto estava ele só.
Está sentado. O silencio das ondas, o silencio do canto da praia deserta que é só dele. Ele não a espera. Mas é difícil largar a recordação que só é metade verídica.
“Tão curto o amor tão longo o esquecimento”.
Inspirado em "Posso escrever os versos mais tristes esta noite" de Pablo Neruda.