Olhar-te é ver o que escolhi não ser, continuamente. Por isso é que o sorriso é dividido, guardas um pouco do mundo paralelo que foi erguido por mim.
Olhar-te e ver o teu sorriso dorido, a palavra correctamente escolhida, a postura atenta e meiga é o analisar do passado, é saber qual a intensidade . Só agora existe clarividência, só agora posso ver de que cor foi. Não foi azul, nunca te tornaste azul e por isso é que morremos. Foste sempre branco, a nossa coexistência no presente é incolor.
Olhar-te e ver o teu sorriso dorido, a palavra correctamente escolhida, a postura atenta e meiga é o analisar do passado, é saber qual a intensidade . Só agora existe clarividência, só agora posso ver de que cor foi. Não foi azul, nunca te tornaste azul e por isso é que morremos. Foste sempre branco, a nossa coexistência no presente é incolor.
Olhar-te é ver o quanto sou triste. És o chamamento de uma infelicidade que poder-me-ia anular se a Orion não me iluminasse. Porque quando tu olhas para mim esperas , aflitivamente, que eu seja quem escolhi não ser.
1 comment:
Quando estive a primeira vez no Porto, também em ocorreu algo semelhante.
Num passado demasiado longinquo equacionei a possibilidade de ir para lá viver.
Não fui. E por isso uma parte de mim ainda por lá anda. Ainda lá vive.
Estar lá é encontrar-me com alguém que nunca fui.
Boas reflexões =)
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