O amor nao tem de ser estonteante e esgotante, fugaz e calorosamente intenso. Às vezes , resume-se a um segundo que garantiu a estabilidade de um mundo que ainda está a ser sonhado. É um sentimento simples envolvido pela beleza clássica que sobrevive, ainda, aos dias de hoje. Um sentimento pacífico que transmite o relaxar soberano das ondas do mar, estendidas sobre o areal, no final da tarde. É uma obesessão lúcida, uma obsessão por ser incondicional. E azul, incondicional e indefinidamente azul limpo e aberto.
É assim que o resto do mundo finge que ama, definindo-o mal. Depois de o limitarem, banalizam-no; depois de o enjaularem, humilham-no. E, depois, destroiem-se a si mesmos, rompem-se a si mesmos. E desculpam-se no outro, que nao amou como eles amaram.
Mentira. Nunca existiu. Nunca foi amor. O verdadeiro.
E eu sei.
Porque tenho a música.
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