O teu vulto sombrio cerca-me num pensamento furtivo da realidade paralela. Que já não existe para mim.
Vejo as marcas inexistentes dos teus dedos nas paredes que ouviram a nossa voz, a sala mal iluminada que aprisiona a verdade que nunca te deixei saber. E quis eu, dizer-ta, tantas vezes. Mas o grito foi sempre mudo.
O teu rosto, sereno e marcado, mantém o espírito preso a uma realidade paralela que nunca existiu para mim. Que eu rejeito todos os dias para manter vivos o ideal e o raciocínio, para manter activa a lucidez.
Mas quando os teus olhos profundos e expectantes são visíveis na luz a realidade paralela que eu quase repugno vale a minha própria vida. Como se esperasses que te salvasse dessa vida sem tormentos e pesadelos, artificial, supérflua e sintética.
Vejo as marcas inexistentes dos teus dedos nas paredes que ouviram a nossa voz, a sala mal iluminada que aprisiona a verdade que nunca te deixei saber. E quis eu, dizer-ta, tantas vezes. Mas o grito foi sempre mudo.
O teu rosto, sereno e marcado, mantém o espírito preso a uma realidade paralela que nunca existiu para mim. Que eu rejeito todos os dias para manter vivos o ideal e o raciocínio, para manter activa a lucidez.
Mas quando os teus olhos profundos e expectantes são visíveis na luz a realidade paralela que eu quase repugno vale a minha própria vida. Como se esperasses que te salvasse dessa vida sem tormentos e pesadelos, artificial, supérflua e sintética.
1 comment:
Para quem efectivamente mora no Matrix, essa é a vida real.
Triste e duro é o fado dos que sabem que o Matrix não é real. Porque não é e ao mesmo tempo continua a ser.
E essa realidade paralela real e irreal chama-te na imagem dum rosto sereno, como as sereias chamaram Ulisses.
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