Acorda a meio da noite fria com medo, medo que o tenham infectado com o vírus que ele repugna e detesta. É mais do que legítimo , o medo. Durante luas negras quis ficar doente, quis que o veneno corresse nas suas veias azuis para que o sangue ficasse banalmente vermelho, tornando-o numa pessoa comum e vazia.Desejou que lhe arrancassem tudo o que nele era diferente, tudo o que era puro. Tudo o que o afastava dos outros. E agora teme, febrilmente, ter parte da sua alma suja. Lá no fundo, conhece o quanto foi humano e vulnerável.Mas não há desculpa, o tempo não é absoluto.
Sabe , dolorosamente, que se fosse infectado, corrompido era estúpido mas era menos triste, porque a tristeza é uma evolução do Homem. Se ele fosse inócuo estaria, talvez, a sorrir ignorantemente.
O sorriso seria vazio, sujo, falso, estridente. Ele não quer, já não quer. Prefere sorrir pouco mas verdadeiramente. Mas tem medo que já o tenham infectado suavemente.
Tem medo que seja muito tarde para alguém completamente imune ao vírus acreditar na alma torturada dele.
Sabe , dolorosamente, que se fosse infectado, corrompido era estúpido mas era menos triste, porque a tristeza é uma evolução do Homem. Se ele fosse inócuo estaria, talvez, a sorrir ignorantemente.
O sorriso seria vazio, sujo, falso, estridente. Ele não quer, já não quer. Prefere sorrir pouco mas verdadeiramente. Mas tem medo que já o tenham infectado suavemente.
Tem medo que seja muito tarde para alguém completamente imune ao vírus acreditar na alma torturada dele.
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