Devias ter acreditado mais. Devias ter insistido em levantar-te da cadeira de baloiço e enfrentado o mundo, devias ter abandonado essa posa tua suicida e característica de Pieirrot de eternização da lágrima cavada. Devias, devias, devias, devias...
Pergunto-te: porque me escolheste para assistir ao teu suicídio lento e geológico, porquê? Eu que tenho consciência da minha impotência mas ainda tenho sonho no sangue. A tua ultima gargalhada, audível e triste, expelida da tua boca como um alimento estragado e lixiviado, abandonada como um velho amigo traidor; largaste-a e, depois, encostaste-te á cadeira de baloiço e automaticamente ela balançou. Aboliste o teu lado humano, iniciaste o princípio do fim quando fechaste com cimento e tijolo as janelas do vazio da tua alma. Pergunto-te: porque é que não te levantas da cadeira e vês, de novo, que o sol ainda nasce todos os dias e não sais de casa e lavas o rosto e o espírito no raio de sol?
Baloiças a cadeira continuamente, depois da libertação da gargalhada viva que fazia do espírito morto moribundo, balanças a cadeira e os olhos já não são escuros, são vazios. Porque me fazes assistir ao teu suicídio triste e gasto, lento e gradual, consciente e claustrofobico? Sabes que é doloroso olhar-me ao espelho e ver metade de mim tornar-se difusa e progressivamente morta...
Pergunto-te: porque me escolheste para assistir ao teu suicídio lento e geológico, porquê? Eu que tenho consciência da minha impotência mas ainda tenho sonho no sangue. A tua ultima gargalhada, audível e triste, expelida da tua boca como um alimento estragado e lixiviado, abandonada como um velho amigo traidor; largaste-a e, depois, encostaste-te á cadeira de baloiço e automaticamente ela balançou. Aboliste o teu lado humano, iniciaste o princípio do fim quando fechaste com cimento e tijolo as janelas do vazio da tua alma. Pergunto-te: porque é que não te levantas da cadeira e vês, de novo, que o sol ainda nasce todos os dias e não sais de casa e lavas o rosto e o espírito no raio de sol?
Baloiças a cadeira continuamente, depois da libertação da gargalhada viva que fazia do espírito morto moribundo, balanças a cadeira e os olhos já não são escuros, são vazios. Porque me fazes assistir ao teu suicídio triste e gasto, lento e gradual, consciente e claustrofobico? Sabes que é doloroso olhar-me ao espelho e ver metade de mim tornar-se difusa e progressivamente morta...
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