Ouço a tua voz em tom de alerta. Os teus movimentos bruscos e preocupados. Mas hoje ninguem vai morrer. Hoje não haverá sangue em lado algum. Não etendes, não podes viver so para ganhar a guerra. Mesmo que a guerra não seja uma guerra, mesmo que seja pelo teu direito de existir. Mesmo que tenhas as razoes mais solidas deste mundo e do outro para quereres ganhar a guerra.
Um dia terás de sentir o prazer de criar. Algo que não tenha como objectivo a destruiçao. Um dia terás de sentir o prazer da leveza de se ser feliz, mesmo que seja apenas por uma fracçao de segundos. Um dia terás de fazer o que eu faço agora. Fingir que a guerra não existe, que a mediocridade alheia não me sujou o sangue com lama obscura. Não estou a ignorar nenhum facto, nem sequer estou a ser cobarde. Aproveito a vida enquanto ainda a tenho em mim.
Por isso, hoje não me fales disso. Da ruina ordinaria que os outros são.
Hoje sou livre. Hoje sou eu (so eu). Com as costas confortavelmente seguradas pela cadeira. Hoje é um dia que vale a pena memorizar o cheiro. O som. A cor e a textura azul.
Se não houvessem dias como o de hoje, tao banais, não teria qualquer razao para entrar na guerra contigo. Tens de aprender que se vives para a guerra, es a guerra.
E devias ser o Sol ameno de uma tarde Verão. Não um Inverno gasto em folhas que envelheceram demasiado cedo.
(O melhor soldado é o que tem um sitio para onde voltar )
Um dia terás de sentir o prazer de criar. Algo que não tenha como objectivo a destruiçao. Um dia terás de sentir o prazer da leveza de se ser feliz, mesmo que seja apenas por uma fracçao de segundos. Um dia terás de fazer o que eu faço agora. Fingir que a guerra não existe, que a mediocridade alheia não me sujou o sangue com lama obscura. Não estou a ignorar nenhum facto, nem sequer estou a ser cobarde. Aproveito a vida enquanto ainda a tenho em mim.
Por isso, hoje não me fales disso. Da ruina ordinaria que os outros são.
Hoje sou livre. Hoje sou eu (so eu). Com as costas confortavelmente seguradas pela cadeira. Hoje é um dia que vale a pena memorizar o cheiro. O som. A cor e a textura azul.
Se não houvessem dias como o de hoje, tao banais, não teria qualquer razao para entrar na guerra contigo. Tens de aprender que se vives para a guerra, es a guerra.
E devias ser o Sol ameno de uma tarde Verão. Não um Inverno gasto em folhas que envelheceram demasiado cedo.
(O melhor soldado é o que tem um sitio para onde voltar )
5 comments:
Oi, se vc gosta de literatura e livros gostaria de convidar vc a seguir meu blog: www.literaturasdomundo.blogspot.com
Gostei muito do seu blog!
Parabéns!
Raquel
Ha algo de belo e utópico no teu texto.
Uma pincelada leve num quadro fresco, que me levita para uma harmonia em equilibrio.
Como se a paz te atingisse, nesse momento, esse em que és tu, livre do peso da guerra constante. Livre do peso constante da mediocridade dos outros.
Só que nunca serás tu. Inteiramente tu sentada naquela cadeira. Nunca serão as tuas costas. Nunca serás livre, se não ganhares o teu direito a existir.
Ainda assim, obrigado pelo excelente texto =)
Hm... a questao é precisamente essa.
Sou eu naquela cadeira. Porque tem de existir algo que de mim que regresse da guerra ou morro antes de combater.
Sim, tens de ter algo para onde regressar. E esse algo é tudo o que tu és. Nao ha utopia nenhuma no texto, pelo menos para mim. Existe mesmo um momento em que ignoro a mediocridade dos outros e sou simplesmente eu.
"Existe mesmo um momento em que ignoro a mediocridade dos outros e sou simplesmente eu."
É aqui que divergimos. Para mim é utopico. Será sempre utopico. Ainda que por segudnos me esqueça, acordo desse sonho.
Eu prefiro viver fora do Matrix. Por pior que seja a vida, é a realidade. =)
Mas nao existe só isso Alice, Matrix e fora do Matrix. Em ti, existe muito mais do que duas unicas opções.
Se nao souberes estar em paz contigo, nunca vais conseguir encontrar a paz em lado algum.
Claramente, divergimos.=)
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