É porque ansiei esquecer, por breves dias sombrios e clarividentes, a paixão que existe em todo o mísero pedaço de pele, em cada músculo rasgado ou distendido, em cada nível da alma ou do espírito. Mas, de cada vez , que a música se eleva no ar e o coração se impõe como portal entre o mundo exterior e a minha mente, é como um transe que invade o sangue e oferece uma sensação única. De loucura profunda. E de lucidez honesta. E amor, sobretudo, amor. A melodia embala como se não fosse deste mundo, desta triste e medíocre realidade.
E, durante aquele breve período de tempo, a musica era a tua voz. O teu timbre encantava os músculos que descontraíam negligentemente. Mas era desprovida de melodia, a tua voz , não tinha profundidade. E a música voltou a elevar-se no ar e o coração tornou o espaço exterior na minha mente, condecorando a audição o sentido rei, empurrando, com desprezo, a visão para o melancólico segundo lugar.
É porque já não sou a mesma pessoa. Oiço o mundo, não o vejo. A realidade não tem importância. Não é audível!
E, durante aquele breve período de tempo, a musica era a tua voz. O teu timbre encantava os músculos que descontraíam negligentemente. Mas era desprovida de melodia, a tua voz , não tinha profundidade. E a música voltou a elevar-se no ar e o coração tornou o espaço exterior na minha mente, condecorando a audição o sentido rei, empurrando, com desprezo, a visão para o melancólico segundo lugar.
É porque já não sou a mesma pessoa. Oiço o mundo, não o vejo. A realidade não tem importância. Não é audível!
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