O fogo sempre o fascinou.Se por um lado era simbolo da força da clarividencia de uma luz dificil de apagar. Por outro era simbolo da destruição sem qualquer compaixao, quase imparavel . Maior que qualquer homem. E o fogo sempre o atraiu como um íman. Magnetico.
Tinha o isqueiro na mao. A tentação de sentir o calor da chama e de ver as cores magnetizantes do fogo foi muito maior que ele. A adrenalina do perigo fe-lo mover os olhos e procurar o papel, o medo que vivia nas suas maos tremulas não o impediu.Pegou no papel, num pequeno e insignificante papel. Aparentemente. Aquele papel resumia em palavras concisas uma vida que ele já tinha abandonado. Uma vida que não era a dele. Uma vida que o fez feliz e que depois o deixou entregue ao vazio de uma felicidade sem proposito.
Entao, no calor da noite, rasgou o papel em dois. Queimou apenas um pedaço e observou, maravilhado, o fogo expandir-se- Soprou e apagou. Mas não conseguia parar . Queimou a outra metade, movido por uma energia que quase o deixava em transe
Mas a chama era muito maior, muito mais atraente. Observou minuciosamente a destruiçao das palavras enquanto o fogo lhe fugia ao controlo. Queimou ao de leve os dedos e o medo inato libertou-o do transe.Atirou o papel para o chao e pisou-o.
Olhou de novo para o papel, para o que restava dele. Eram migalhas, apenas migalhas. De uma vida que viveu mas que nunca foi dele. Não tinha escolhido aquela vida e agora já não era importante. Queimou a metáfora. Queimou o facto.
Desde sempre que o fogo era fascinante para ele. Desde que se lembra. Deitou-se calmamente na cama, relaxado pela satisfaçao de ter visto arder. Aquele pequeno papel. Era certo que era louco. Mas se-lo-ia mais se não tivesse queimado aquele papel. É por ser louco que é livre. Livre ate de fantasmas , não ha nada que aquele fogo dele não queime.
Tinha o isqueiro na mao. A tentação de sentir o calor da chama e de ver as cores magnetizantes do fogo foi muito maior que ele. A adrenalina do perigo fe-lo mover os olhos e procurar o papel, o medo que vivia nas suas maos tremulas não o impediu.Pegou no papel, num pequeno e insignificante papel. Aparentemente. Aquele papel resumia em palavras concisas uma vida que ele já tinha abandonado. Uma vida que não era a dele. Uma vida que o fez feliz e que depois o deixou entregue ao vazio de uma felicidade sem proposito.
Entao, no calor da noite, rasgou o papel em dois. Queimou apenas um pedaço e observou, maravilhado, o fogo expandir-se- Soprou e apagou. Mas não conseguia parar . Queimou a outra metade, movido por uma energia que quase o deixava em transe
Mas a chama era muito maior, muito mais atraente. Observou minuciosamente a destruiçao das palavras enquanto o fogo lhe fugia ao controlo. Queimou ao de leve os dedos e o medo inato libertou-o do transe.Atirou o papel para o chao e pisou-o.
Olhou de novo para o papel, para o que restava dele. Eram migalhas, apenas migalhas. De uma vida que viveu mas que nunca foi dele. Não tinha escolhido aquela vida e agora já não era importante. Queimou a metáfora. Queimou o facto.
Desde sempre que o fogo era fascinante para ele. Desde que se lembra. Deitou-se calmamente na cama, relaxado pela satisfaçao de ter visto arder. Aquele pequeno papel. Era certo que era louco. Mas se-lo-ia mais se não tivesse queimado aquele papel. É por ser louco que é livre. Livre ate de fantasmas , não ha nada que aquele fogo dele não queime.
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