Hoje, não farei mais queixas
Nem condicionarei os meus eus à tristeza.
Não.
Regarei ,
Cuidadosamente,
O meu jardim de rosas azuis
Que de vez em quando,
Ignoro.
Sentar- me- ei na relva
E acariciarei o botão de rosa azul
Que estiver a nascer.
Abençoá-la-ei
Como se fosse a ultima rosa do jardim.
O resto , já não interessa.
Já não é decisivo.
Ainda tenho o meu jardim.
Isso é tudo. Isso sou eu.
WinGs
5 comments:
Não somos nós mais do que um jardim que cada um de nós cultiva como dizia o Pessoa.
O teu jardim tem rosas azuis. Podes pensar que não, mas tens sorte. Trata bem bem ;)
Um grande beijinho
Eu sei muito bem da sorte que tnho em ter um jardim cheio de rosas azuis! Mas em momentos de crise, de quebra espiritual, isso parece pouco comparado com o abismo que criam em mim.
Um grande beijinho para ti tambem Alice
É, as rosas azuis têm esse poder.São tão assustadoramente belas, que nos hostilizam( ás vezes em momentos insanos temos vontade de as espezinhar, fingir que não as temos no nosso jardim)
É o preço da diferença. Da verdadeira beleza.
Beijos
PS: se fizeres uma limpeza ao teu jardim, podes dar-me algumas dessas rosas. No meu jardim, só há rosas verdes... :)
Não.Não farei dessas limpezas. Aprendi a amar essas rosas quando li o Principezinho. E se às vezes elas se tornam na razão da minha fuga, tornam-se, paralelamente, na justificação do meu regresso.
Abandoná-las, entregá-las, desfazer-me delas seria perder-me no labirinto só com rosas vermelhas.
Que os outros visitantes deste blog saibam retirar do Principezinho essa mesma lição que tu tiraste.
" Somos responsáveis por aquilo a que nos afeiçoamos. Somos responsáveis pelas nossas rosas".
Muito bem :)
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