Saturday, October 23, 2010

Antítese

É um corte que nunca lhe vai sair da alma. Tu. Aqueles dias em que a vida elevou-se numa nova consciência, em que ele se tornou mais condescente e humano porque tu estavas lá e tu eras tu. Aqueles dias em que a tua visão do mundo alargou o seu proprio limite de horizonte e deixaste de ter um ego tão cheio de restrições bem fundamentadas.
Aqueles dias que foram inuteis. Aqueles dias que foram uma ilusao verídica de uma realidade que não existe, ele era um comboio em movimento contínuo. É um corte que nunca vai deixar de ser visivel no rosto belo dele. O amor que fluiu e que era profundamente errado.
Porque tu es esse ser, tao carinhosamente igual, tão belamente não especial. E ele tem esta excentricidade que o define sem dizer nada de importante sobre o coraçao dele. O amor que te tinha dizia tudo sobre o coraçao dele e o amor que lhe tinhas dizia tudo sobre a profunda definiçao de o que eras.
É um corte que nunca lhe vai sair da pele , nunca vai deixar de escorrer sangue no espirito. Porque sempre foi um comboio em movimento, sempre foi o seu proprio destino e tu sempre foste uma vida estavel e tranquila num qualquer lugar. E daqueles dias bonitos e inesqueciveis contigo só relembra a inutilidade de um amor que é a antítese do sentido do mundo.
Hoje já nem sequer existes mas quando te vê é o seu reflexo que perde nitidez.

2 comments:

Professora Lu said...

Senti uma imensa tristeza ao ler essas palavras... ando emotiva demais...
Beijossss

WinGs said...

Bem, o texto é suposto causar tristeza. Demonstrar a inutilidade do amor deverá ser adornado com uma tristeza imensa.

Obrigado ;)