Custou-te o coração essa escolha esquisita mas tornou-te maior. Superaste o teu velho eu.
Porque ela amava-te irresponsavelmente , elouquentemente. Dedicou-se a suspirar por ti todos os segundos tremulos de cada respiração. Ela amou-te, do fundo do seu largo coração. E esse amor errado e desmedido dava-te o prazer supremo da posse de um tesouro raro e precioso. Amava-la de volta com toda a tua selvagem existencia , carinhosamente civilizada pelo amor puro dela.
Mas no final do dia continuavas sedento de uma qualquer sensação de prazer. Esgotavas todos os teus cigarros sombrios e todas garrafas de uisque para te esqueceres do teu eu animalesco. Que ela não conseguiu acalmar no teu peito. No final da noite, eras profundamente triste e obscuro na solidão crua e fria. Amavas alguem que fazia sentido nenhum no teu conceito de mundo.
Então deixaste-a viver a vida que ela queria ter, incoscientemente. Disseste-lhe palavras duras , farpas do teu coraçao. Não servias para ela, nunca serviste. Não eras o indicado, não eras o correcto. Não lhe podias dar aquela vida que era o destino dela. Entao deixaste a deixar-te, calmo e sereno. Duro como uma pedra , imóvel.
Depois deixaste de conseguir aliviar a dor com os teus exageros sensoriais. Todas as mulheres que amaste tornavam-se, no final da noite, uma memória ténue e corrosiva da beleza dela.
Amaste-a, amaste-a tanto que reconheceste que não eras o melhor para ela. Daí que te doa ve-la a passear, meio triste meio contente, de mao dada com um homem estavel e amavel, banal e agradavel. Ve-la a viver uma vida inteiramente oca e vazia, um futuro detalhadamente definido.
Sempre soubeste que era esta a vida que ela acabaria por ter. Mas nunca conseguiste abandonar a sensaçao de dor. Deste-lhe o teu coraçao, profundo. E ela não so não percebeu como abdicou de si propria. Porque ves que sente a tua falta na sua tristeza, enquanto passeia sorridente de mao dada com um homem comum. Amar-te- à sempre.
Custou-te o coraçao, essa escolha heróica. Mas sentes que falhaste qualquer coisa.
Porque ela amava-te irresponsavelmente , elouquentemente. Dedicou-se a suspirar por ti todos os segundos tremulos de cada respiração. Ela amou-te, do fundo do seu largo coração. E esse amor errado e desmedido dava-te o prazer supremo da posse de um tesouro raro e precioso. Amava-la de volta com toda a tua selvagem existencia , carinhosamente civilizada pelo amor puro dela.
Mas no final do dia continuavas sedento de uma qualquer sensação de prazer. Esgotavas todos os teus cigarros sombrios e todas garrafas de uisque para te esqueceres do teu eu animalesco. Que ela não conseguiu acalmar no teu peito. No final da noite, eras profundamente triste e obscuro na solidão crua e fria. Amavas alguem que fazia sentido nenhum no teu conceito de mundo.
Então deixaste-a viver a vida que ela queria ter, incoscientemente. Disseste-lhe palavras duras , farpas do teu coraçao. Não servias para ela, nunca serviste. Não eras o indicado, não eras o correcto. Não lhe podias dar aquela vida que era o destino dela. Entao deixaste a deixar-te, calmo e sereno. Duro como uma pedra , imóvel.
Depois deixaste de conseguir aliviar a dor com os teus exageros sensoriais. Todas as mulheres que amaste tornavam-se, no final da noite, uma memória ténue e corrosiva da beleza dela.
Amaste-a, amaste-a tanto que reconheceste que não eras o melhor para ela. Daí que te doa ve-la a passear, meio triste meio contente, de mao dada com um homem estavel e amavel, banal e agradavel. Ve-la a viver uma vida inteiramente oca e vazia, um futuro detalhadamente definido.
Sempre soubeste que era esta a vida que ela acabaria por ter. Mas nunca conseguiste abandonar a sensaçao de dor. Deste-lhe o teu coraçao, profundo. E ela não so não percebeu como abdicou de si propria. Porque ves que sente a tua falta na sua tristeza, enquanto passeia sorridente de mao dada com um homem comum. Amar-te- à sempre.
Custou-te o coraçao, essa escolha heróica. Mas sentes que falhaste qualquer coisa.