Não deixa de ser inteligente essa opção tua, a de invés de desejar a sorte, almejar controlar o azar. Aliás, bastante astuta observando com a lupa o pormenor quase epicurista. Claro está, não procuras prazer, nem foges do desprazer. Partiste em busca de ti, do teu lugar no mundo. A tua alma é grande porque se sabe única e impossível de ser copiada; porém, sorris ao anonimato mundial. Gostas de ser ninguém, melhor, aprendeste a ver o lado brilhante da lua nesse facto.
Quem te olhar superficialmente explorará a tua arrogância inexistente, o teu desdém para com Deus que nada fez por ti, pela tua dor. Deus ou deus é indiferente agora, foi essa a tua mudança em ti. Por isso, não és herói e por isso não tens uma terrível e tenebrosa morte prematura. A diferença está no troço da escolha, no momento fulcral em que decides quem não queres ser. A tua perspicácia outra vez, escolher entre qualidades é mais fácil, muito mais apaziguador.
Vejo-te do outro lado da rua, vejo-te do outro lado da estrada ou do espelho, o mundo, por vezes, é um lugar pequeno. E é ao ver-te que reconheço os traços do soldado do novo exército, aquele que fará nascer um novo e purificado mundo. Se desejas a paz, participas na guerra; se amas a noite, vives intensamente o dia; se choras ás escondidas em noites de luar sombrio a dor de seres tu, então na noite de lua seguinte ergues-te com um amor à tua existência bélico, que é próprio dos solitários e dos humildes. Sem heroísmos, apenas com humanismo. Tens uma existência pacífica que em nada é passiva; e és tu e tens em ti o conjunto do mundo. És a esperança que te agarra à vida porque sabes que tens um caminho no mundo único e não copiavel; no entanto, não fazes falta se amanha apertares a mão ao Hades ou ao Horus. Não por teres negado Deus – tem-no em ti – mas por teres afirmado que olhas, e observas, e apaixonas-te pelas estrelas todas as noites.
O teu amor é azul discreto, ninguém vê como intenso se torna quando o sol nele incide.
Quem te olhar superficialmente explorará a tua arrogância inexistente, o teu desdém para com Deus que nada fez por ti, pela tua dor. Deus ou deus é indiferente agora, foi essa a tua mudança em ti. Por isso, não és herói e por isso não tens uma terrível e tenebrosa morte prematura. A diferença está no troço da escolha, no momento fulcral em que decides quem não queres ser. A tua perspicácia outra vez, escolher entre qualidades é mais fácil, muito mais apaziguador.
Vejo-te do outro lado da rua, vejo-te do outro lado da estrada ou do espelho, o mundo, por vezes, é um lugar pequeno. E é ao ver-te que reconheço os traços do soldado do novo exército, aquele que fará nascer um novo e purificado mundo. Se desejas a paz, participas na guerra; se amas a noite, vives intensamente o dia; se choras ás escondidas em noites de luar sombrio a dor de seres tu, então na noite de lua seguinte ergues-te com um amor à tua existência bélico, que é próprio dos solitários e dos humildes. Sem heroísmos, apenas com humanismo. Tens uma existência pacífica que em nada é passiva; e és tu e tens em ti o conjunto do mundo. És a esperança que te agarra à vida porque sabes que tens um caminho no mundo único e não copiavel; no entanto, não fazes falta se amanha apertares a mão ao Hades ou ao Horus. Não por teres negado Deus – tem-no em ti – mas por teres afirmado que olhas, e observas, e apaixonas-te pelas estrelas todas as noites.
O teu amor é azul discreto, ninguém vê como intenso se torna quando o sol nele incide.
WinGs C.
2 comments:
Revejo-me neste texto. Quer o tenhas escrito ou não a pensar em mim, faz-me reflectir sobre as minhas atitudes. É mais fácil quando alguém nos descreve.
Muitos beijinhos
nao, nao o escrevi a pensar em ti. quero eu dizer, nao pensei conscientemente. Mas estas sempre no inconciente, sobretudo, quando escrevo, por seres tao diferente de mim =P
ou, talvez, tenha escrito o texto a pensar em mim, porque eu sou o teu reflexo ("escolhi um espelho diferente")
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